MS-PROJECT - Vídeo Aula Básico de Gerenciamento de Projetos com Microsoft PROJET from Leandro Ramos on Vimeo.
Há alguns pensamentos que saltam a mente e falam mais altos, nem sempre externados de maneira oral, estarão sendo explicitados de forma escrita.
quarta-feira, 7 de dezembro de 2011
quinta-feira, 4 de agosto de 2011
Os 5S da Administração Japonesa
K A I Z E N
Fonte: http://www.karma-net.com/kaizen2.gif
1 - K A I Z E N
Kaizen é uma palavra japonesa que significa mudança para melhor ou aprimoramento contínuo e que permeia toda a Administração Japonesa. Kaizen pode então, até servir de sinônimo de Administração Japonesa.
E a chamada Administração Japonesa de hoje, na realidade, é toda uma tradição de educação de berço do japonês, complementada por conhecimentos do management norte-americano a partir dos Anos 50. Em outras palavras, valores humanos japoneses complementados por conhecimentos técnicos em Administração norte-americanos, e aplicados em empresas japonesas.
Essa interação começou a acontecer a partir de 1950, não só em função de sua derrota frente aos Estados Unidos em 1945, mas principalmente com a adesão dos japoneses às práticas de negócios dos norte-americanos. Tanto é que em julho de 1950, “W. E. Deming foi convidado a ir ao Japão e ensinar o controle estatístico da qualidade em um seminário de oito dias, organizado pela JUSE”[1]. JUSE é a Japanese Union of Scientists and Engineeers, que juntamente com uma série de outras instituições em consonância com o governo e o povo japonês, promoveram a ascensão da economia japonesa.
Quatro anos mais tarde, em julho de 1954, foi a vez de J. M. Juran ser convidado a ensinar aos japoneses, por sua vez, a chamada Administração do Controle da Qualidade – segundo Masaaki Imai, “Essa foi a primeira vez que o CQ foi abordado a partir da perspectiva da administração total”2.
Os japoneses se maravilharam com as idéias de Juran e Deming porque elas se harmonizavam com o seu tradicional espírito de consenso de grupo, que remonta desde a época dos samurais:
1o. Para Juran, gerenciamento estratégico da qualidade “é uma abordagem sistemática para o estabelecimento e obtenção de metas de qualidade por toda a empresa”3. Isto é, qualidade é responsabilidade de todos em uma empresa, não só de um departamento específico de qualidade.
Juran
Fonte: www.qimpro.com/Juran/images/juran.jpg
2o. Para Deming, “O objetivo do administrador do sistema é o de otimizar o sistema como um todo. Sem uma administração do sistema visto como um todo, subotimizações certamente irão ocorrer. Subotimizações geram perdas”4. Isto é, qualidade é a empresa como um todo que a desenvolve, a partir do Ciclo de Controle de Deming, que é o famoso PDCA – Plan-Do-Check-Act ou Planejar-Executar-Comparar-Tomar Providências.
Deming
Fonte: www.lii.net/images/deming.gif
E desde então, japoneses foram fomentando a idéia de TQC – Total Quality Control como um todo processo integrado, conforme “Deming enfatizou a importância da interação constante entre pesquisa, projeto, produção e vendas para a empresa chegar à melhor qualidade, que satisfaz os consumidores”5.
Então, Kaizen é um todo processo integrado de TQC – Total Quality Control de aprimoramento contínuo, que é a essência da Administração Japonesa. E os japoneses dão importância tanto a esse processo integrado, quanto ao resultado que se busca – o meio é tão importante quanto o fim. É tão importante fazer bem feito (eficiência) quanto obter o resultado certo (eficácia). Como disse certa vez Osho, grande promotor do auto-conhecimento, “a jornada é o próprio objetivo!”6. Ou seja, o segredo do resultado positivo está em trabalhar bem o processo que gera resultado. Ora, o resultado é uma coisa estática e o processo é toda uma vida dinâmica de trabalho colaborativo entre pessoas usufruindo e compartilhando coisas, que deve ser muito bem vivido. Para os japoneses é isso aí: é muito importante ganhar dinheiro, mas trabalhando e vivendo de forma mais satisfatória possível, unindo o útil ao agradável – afinal, passamos mais de um terço de nossas vidas trabalhando. Esta é a essência da Administração Japonesa chamada Kaizen: buscar ao mesmo tempo resultado e processo em busca desse resultado.
Para buscar resultado, na empresa todos devem ter objetivo e missão comuns. Mas ao mesmo tempo, durante o período de trabalho devem trabalhar e viver de forma mais equilibrada e satisfatória possível. Porque trabalhando e vivendo de forma mais equilibrada e satisfatória possível, tende-se a aumentar a produtividade e melhorar a qualidade, que por sua vez, tende à conquista do resultado positivo no mercado. Ora, trabalha-se e vive-se de forma mais equilibrada e satisfatória possível, se pelo menos três quesitos forem atendidos:
1o. Estabilidade financeira e emocional ao empregado – daí porque empresas japonesas ainda hoje procuram manter o emprego vitalício, para principalmente, evitar preocupações de sobrevivência e sustento da família. Para tanto, é necessário que todos tenham consciência de que, a empresa como um todo, deverá obter resultado positivo.
2o. Clima Organizacional agradável – japoneses “forçam a barra” para que todos se dêem bem e vivam em harmonia entre os desiguais e os contrários – eles dizem natural e sutilmente gaman sena iken, ou seja, tem que agüentar. Desde a remota era dos primeiros samurais em torno dos anos 700, conforme relata Ferri de Barros7, os japoneses pela forte influência da cultura chinesa e principalmente, de Lao Tse8 e Confúcio9, promovem o espírito wa – a harmonia. Harmonia em tudo. Harmonia entre os desiguais, harmonia entre os contrários. Harmonia entre o Bem e o Mal. Harmonia entre a alegria e a tristeza. Harmonia entre a bem-aventurança e a desgraça. Sobretudo, harmonia entre pessoas. Não é à toa que empresas japonesas maravilham-se com preceitos tayloristas como “cooperação, não individualismo” e “harmonia, em vez de discórdia”10. Não só Taylor como também Fayol é muito bem-vindo aos anseios japoneses porque este promove ordem, disciplina, subordinação do interesse particular ao interesse geral, eqüidade e união do pessoal, dentre outros princípios gerais de Administração11.
3o. Ambiente simples, funcional e agradável – é aqui que se inserem os tão chamados 5 “S” da Administração Japonesa.
2 - OS 5 S
Os 5 “S” são as iniciais de 5 palavras japonesas Seiton, Seiri, Seiso, Seiketsu e Shitsuke, que estão intimamente relacionados com wa – harmonia, como se percebe a seguir.
Mas antes, atenção: wa, para orientais, não significa todo mundo dizendo sim para todo mundo; wa considera indispensavelmente o não; é importante ter o não para existir o debate e a troca de idéias antagônicas, para que por fim, chegue-se num consenso onde todos tenham a consciência de que tomarão a melhor decisão para todos – de tal sorte que, se tudo der errado após essa tomada de decisão, todos tenderão a ter consciência de que algo não se harmonizou entre os participantes; entre os participantes e o grupo; entre o grupo e o Todo Universal; e entre os participantes e o Todo Universal. Na pior das hipóteses, se conformarão: tinha que ser assim, alguém tinha que errar, mesmo porque, quem trabalha, erra! E se porventura obtiverem sucesso, todos comemorarão de forma alegre, mas sutilmente: Banzai!
1. SEITON significa providenciar a ARRUMAÇÃO e deixar tudo em ORDEM – todos os materiais (sejam quais forem) necessitam ser mantidos em ordem, para que possam ser encontrados de imediato e estejam prontos para uso sempre que necessários. Deixar as coisas no lugar certo, para não se perder tempo e gastar energia desnecessária, procurando-as.
2. SEIRI significa evitar o DESNECESSÁRIO – separar o desnecessário do necessário, e guardá-lo num lugar que lhe é próprio, para que não atrapalhe a rotina de trabalho ou qualquer outra atividade. Disponibilizar as coisas realmente necessárias ao trabalho e aquelas desnecessárias guardá-las ou “passá-las para frente”. Guardá-las, porque futuramente poderão ser necessárias; “passá-las para frente” (doar) porque aquilo que é desnecessário para um, pode ser útil para outro.
Fonte: http://www.pucrs.br/feng/5s/fotos/utiliza.gif
3. SEISO significa manter sempre LIMPO – o local de trabalho ou qualquer outro lugar, com tudo em ordem e somente com o necessário, para que a sujeira não atrapalhe a produtividade nem provoque má qualidade na produção.
Fonte: www.revistaetcetera.com.br/.../ p2.htm
4. SEIKETSU significa manter a HIGIENE – tornando o ambiente saudável e agradável para todos.
5. SHITSUKE significa DISCIPLINA – não só aprender e seguir os princípios anteriores como hábitos salutares e invioláveis, como também se educar com caráter reto, firme e honrado, para vencer na vida.
“A palavra “disciplina” basicamente significa capacidade de aprender, daí a palavra “discípulo”12. Daí, temos de cada vez mais nos disciplinar em SEITON, SEIRI, SEISO e SEIKETSU, como também formar um caráter reto, firme e honrado continuamente. Mediante um código de princípios morais denominado Bushido (pronuncia-se Bushi-dô) o samurai autodisciplinava-se e auto-aprimorava-se continuamente. Registre-se aqui de passagem, que o Bushido jamais foi escrito, apenas “consiste de umas poucas máximas transmitidas de boca em boca”13, de forma pessoal, muito simples e bem caseira, própria da cultura japonesa.
Musashi (1584-1645) o maior espadachim japonês, é um dos raros samurais que deixou uma obra escrita – Gorin no Sho que foi traduzido para o inglês como A Book of Five Rings e deste para o português, como Livro de Cinco Anéis14.
Neste livro Musashi conta suas estratégias vencedoras e daí, seu grande sucesso perante norte-americanos na década de 70, que o promoveram a bestseller mundial em estratégias de negócios.
Miyamoto Musashi
Fonte: http://users.adelphia.net/~gojira/musashi.htm
3 - A MULHER E OS 5 S
Nestes 5 S o papel da mulher é e foi fundamental e preponderante desde os primeiros samurais.
Samurais saiam de casa para servir ao seu senhor feudal e como militares, viviam guerreando por aí e acolá. Cabia à mulher não só cuidar dos filhos, como também providenciar afazeres domésticos e manter toda a integridade da casa e do lar – na prática, fazia de tudo e bem mais que um samurai. Educava os filhos sob espírito familiar no lar, e mantinha em perfeita ordem a casa. Além disso, a mulher de um samurai era versada em Yawara (arte marcial de mãos vazias) e Kenjutsu (arte marcial de katana), como também sabia manejar naginata (pronuncia-se na-gui-nata), e tanto (pronuncia-se tan-tô) para defesa pessoal, na ausência do marido.
Tanto é um punhal – que servia para o ritual de suicídio chamado de seppuku ou harakiri – e samurais carregavam-no na cintura juntamente com wakizashi (uma katana menor) e katana (pronuncia-se cataná), a famosa espada do samurai. Saiba mais em Wikipédia – http://pt.wikipedia.org/wiki/Katana. Já a naginata é uma lança de uns 2 metros com uma lâmina cortante em uma das pontas, muito praticada tanto pelas mulheres quanto pelos monges budistas da época – até hoje no Japão, quem mais pratica naginatajutsu (a arte marcial da naginata) são as mulheres. Saiba em detalhes no Naginata Home Page – www.naginata.org.
Fonte: www.naginata.org/images/naginataPainting.jpg
Nitobe, nascido em 1862 e filho de um dos últimos samurais, retrata que a própria mulher do samurai o disciplinava recriminando severamente, caso ela percebesse que o interesse do guerreiro por ela lhe fizesse esquecer seus deveres em relação aos preceitos do Bushido15.
4 - OS PRIMEIROS IMIGRANTES JAPONESES NO BRASIL E OS 5 S
Só mesmo uma mulher, com seu senso estético e sua sutil sensibilidade, poderia ter contribuído para “criar uma sociedade bonita, em criar belos relacionamentos – em tudo, em cada detalhe –, em lhes dar um significado. As casas japonesas são bonitas. Mesmo a casa de uma pessoa pobre tem sua beleza própria; é artística, tem sua própria singularidade. A casa pode não ser muito suntuosa, mas ainda assim, em um certo sentido, é rica por causa da beleza, da disposição das coisas, por causa da mentalidade com que foi planejado cada pequeno, mínimo detalhe”16, pegando emprestado o lindo fragmento de Osho, para completar este meu texto.
Os brasileiros também ficaram profundamente admirados com os primeiros imigrantes japoneses que aqui aportaram. Senão, analisemos o jornal paulistano Correio Paulistano que em 25 de junho de 1908, 6 dias após o desembarque dos primeiros imigrantes japoneses, no porto de Santos, assim noticiava:
“Depois de estarem uma hora no refeitório, tiveram de abandonal-o para saberem quaes eram as suas camas e os quartos, e surprehendeu a todos o estado de limpeza absoluta em que ficou o salão: nem uma ponta de cigarro, nem um cuspe, perfeito contraste com as cuspinheiras repugnantes e pontas de cigarros esmagadas com os pés dos outros imigrantes. Têm feito as suas refeições sempre na melhor ordem e, apesar de os últimos as fazerem duas horas depois dos primeiros, sem um grito de gaiatice, um signal de impaciência ou uma voz de protesto”17.
Está mais do que claro que esses primeiros imigrantes japoneses trouxeram ao Brasil, já em 1908, a legítima e castiça Cultura dos 5 “S”. Os isseis (os primeiros imigrantes japoneses) trouxeram para cá os antigos valores do Bushido, bem como as sutilezas cultivadas pela mulher do samurai no interior da casa e no seio do seu lar, onde a mulher sempre exerceu o papel fundamental e preponderante.
Mesmo em situações extremamente adversas, nos seus primeiros anos no Brasil, os primeiros imigrantes morando em casas de pau a pique e de chão batido, perseveraram nos 5 “S” com muita retidão e firmeza de caráter, honrando os preceitos morais do Bushido, na base de muita disciplina – SHITSUKE.
BANZAI!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1]IMAI, Masaaki. Kaizen – A Estratégia para o Sucesso Competitivo. São Paulo: IMAM,1992, p. 10.
2IMAI, Masaaki. Kaizen – A Estratégia para o Sucesso Competitivo. São Paulo: IMAM,1992, p. 11.
3JURAN, J. M. Juran na Liderança pela Qualidade. São Paulo: IMAM,1990, p. 179.
4DEMING, W. Edwards. Qualidade: a Revolução da Administração. São Paulo: Marques-Saraiva,1990, p. XIX.
5IMAI, Masaaki. Kaizen – A Estratégia para o Sucesso Competitivo. São Paulo: IMAM,1992, p. 9.
6OSHO. A Sabedoria das Areias. São Paulo: Gente, 1999, p. 100.
7FERRI DE BARROS, Benedicto. Japão – A Harmonia dos Contrários. São Paulo: T. A. Queiroz, 1988, p. 159-161.
8LAO TSE. Tao Te Ching. São Paulo: Martin Claret, 1985.
9FINGER, Charles J. A Essência da Sabedoria de Confúcio. São Paulo: Ediouro, 1980.
10TAYLOR, Frederick Winslow. Princípios de Administração Científica. São Paulo: Atlas, 1985, p. 126.
11FAYOL, Henri. Administração Industrial e Geral. São Paulo: Atlas, 1984, p. 46-67.
12OSHO. A Sabedoria das Areias. São Paulo: Gente, 1999, p. 84.
13NITOBE, Inazo. Bushido – Alma de Samurai. São Paulo: Tahyu, 2005, p. 11.
14MIYAMOTO, Musashi. Um Livro de Cinco Anéis. São Paulo: Ediouro, 1984.
15NITOBE, Inazo. Bushido – Alma de Samurai. São Paulo: Tahyu, 2005, p. 99.
16OSHO. Zen – sua História e seus Ensinamentos. São Paulo: Cultrix, 2004, p. 15.
17RODRIGUES, Ondina Antonio. Imigração Japonesa no Brasil. São Paulo: Memorial do Imigrante, 2006, p. 13-14.
Copyright@KoitiEgoshi, 8 de agosto de 2006
Koiti Egoshi é Doutor em Administração pela World University–USA; Mestre em Organização, Planejamento e Recursos Humanos pela EAESP/FGV–Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas; Pós-Graduado Lato Sensu em Análise de Sistemas pela FECAP – Fundação Escola do Comércio Álvares Penteado; Administrador de Empresas pela FEA/USP – Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo.
Professor de conteúdo e-Learning em Administração, Tecnologias da Informação e Internet; Professor de Graduação e Pós-Graduação em Administração, Metodologia Científica, Tecnologias da Informação e Internet.
Contato: consulting@egoshi.com.br
Reprodução autorizada desde que citado o autor e a fonte
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Dados para citação bibliográfica(ABNT):
Egoshi, K.. Os 5 S da administração japonesa. 2006. Artigo em Hypertexto. Disponível em:
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terça-feira, 19 de julho de 2011
Descrição e Análise da avaliação de EaD
Moisés Alves Pimentel – Pólo Lagoa Santa
Tutora: Gleilcelene Neri de Brito [TD]
O ato de avaliar é uma tarefa difícil e constante no meio do ensino. Nem sempre é uma tarefa fácil pontuar e avaliar os alunos neste meio. Se avaliação fosse uma ciência, talvez poderíamos descreve-la como um ato ou forma precisa de pontuar determinada tarefa e/ou aluno. Mas sabemos que não bem assim.
Luckesi (2006, sugere que a avaliação seja diagnóstica, ou seja, os dados coletados deverão ser analisados criteriosamente não com o objetivo de aprovar ou reprovar os alunos, mas para os(as) professores(as) reverem o desenvolvimento do aluno, dando oportunidade para que ele avance no processo de construção do conhecimento.
Durante o período de avaliação o professor deve avaliar vários parâmetros para que o aluno não fique prejudicado, com um ou apenas poucas ferramentas de uso, na avaliação.
Quando o professor é experiente no ato de avaliar, ele procura outros meios para pontuar uma tarefa, ou cria situações para que determinada nota chegue o mais próximo da realidade do aluno e dos meios que ele possui.
Sabe-se que não há somente um tipo de inteligência, como se pensava algum tempo atrás. Por isso que os mestres devem procurar e necessitam achar um meio termo para chegar de forma justa, a esta pontuação, valorizando o grau de raciocínio do aluno e do grupo, de forma a alcançar um resultado mais justo.
Se um determinado grupo for avaliado somente pelo um único caminho, o que ocorre em muitas instituições, o conjunto final fica prejudicado, não mostrando o valor real do grupo.
Por isso que o EaD, vem com uma proposta mais justa e porque não dizer inovadora, no processo de avaliar e promover um grau maior de assertividade do grupo. Pois além de pontuar de forma justa, incentiva o grupo a um crescimento coletivo, através da participação em fóruns de debate, chat, WIKI e outros meios, que o EaD faz uso muito bem, de cada ferramenta que utiliza.
O mais interessante que o EaD não só tem a preocupação de pontuar o aluno, mais sim levar o conhecimento e objetivos de cada atividade de forma a homogeneizar o grupo em seus conhecimentos e por conseqüência uma boa pontuação. De forma justa de acordo com cada participação do aluno em suas respectivas etapas.
Pois Hoffmann (2001),afirma:
“se valorizamos os ‘erros’ dos alunos, considerando-os essenciais para o ‘vir a ser’ do processo educativo, temos de assumir também a possibilidade das incertezas, das dúvidas, dos questionamentos que possam ocorrer conosco a partir da análise das respostas deles, favorecendo, então, a discussão sobre essas idéias novas ou diferentes”.
Vejo o EaD como uma boa oportunidade de crescimento, pois através de suas tarefas, ele vem a valorizar cada ideia proposta do aluno, levando e gerando discussão no grupo de forma a valorizar o erro do aluno para promover o saber coletivo.
Tais tarefas promovem e obedecem a um critério de avaliação e prazo de entrega do trabalho, possibilita que ao aluno, criar o seu período de estudo, sempre visando o período final de entrega de cada etapa.
Além de trabalhar com auxilio de ferramentas que vem a manter o aluno mais informado com relação a novos meios de aprendizagem.
Ao fazer o uso da internet bem como softwares diversos que possibilitam o tutor a interagir com o grupo. O EaD desperta no aluno a necessidade de cada vez mais, estar pesquisando novos textos, vídeos, jogos, etc, com a finalidade de compartilhar com os colegas, com suas postagens nos fóruns.
Por fazer parte do meio on-line que o ensino do EaD flui de forma constante, devido à procura e exploração de outros recursos, não somente pelos tutores, mas como também dos próprios alunos. Pois em conjunto ambos promove a construção do saber.
Ao meu ver, enquanto as escolas públicas ficam engessadas em métodos ultrapassados, com salas saturadas, professores desmotivados e alunos desinteressados. O EaD parte para novos mecanismos de construção do saber.
Ele faz uso da atualidade para gerar curiosidade e despertar interesse dos alunos em cada tarefa apresentada. No decorrer de cada módulo utiliza tutores diferentes e tarefas diferenciadas. Deste filme, música, poesia, charges e até jogos, de forma a levar o aluno a interagir com o grupo e conquistar a autonomia em cada etapa do trabalho.
Desenvolve capacidades, habilidades e autopercepção do grupo de forma a gerar autoconfiança e entusiasmo para prosseguir no aprendizado.
Uma das características mais marcante no EaD é a possibilidade de integrar diversos alunos, de várias partes do País, promovendo este intercâmbio cultural de aprendizagem, amizade e conhecimento.
De certa forma o EaD promove não somente uma construção de idéias locais, setorial, mas sim, uma construção do saber firmado numa construção coletiva nacional de um grupo.
Ao meu ver o EaD só tem a melhorar com descoberta de novas tecnologias e ferramentas on-line e com isso aumentará o ganho de cada aluno no aprimoramento do saber, melhorando os índices nacionais de avaliação, a eficiência e a eficácia do ensino.
Referências bibliográficas
1 - CHARLOT, Bernard. Fala, Mestre. In: Revista Nova Escola. Outubro de 2006 LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da Aprendizagem escolar. SP: 18ª Edição. Ed. Cortez, 2006.
2 - LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar: estudos e proposições. 11. ed. São Paulo: 2001. http://www.crmariocovas.sp.gov.br/pdf/ideias_08_p071-080_c.pdf
3 - SILVA, Ângela C. Da. & SILVA, Marilia T. Da. Avaliação da aprendizagem em ambientes virtuais: rompendo as barreiras da legislação. Fundação Cesgranrio. 05/2008
4 - HOFFMANN, Jussara Maria Lerch. Avaliação: mito e desafio: uma perspectiva construtivista. Porto Alegre: Mediação, 2001.
terça-feira, 10 de maio de 2011
AFINAL O QUE É WEB 2.0?
Objetivo
Mostrar que a utilização do blog como ferramenta de ensino é viável e assegurar a participação dos alunos através de um software de fácil manuseio e navegação.
O termo Web 2.0 provavelmente já é conhecido por você ou já ouviu falar.
Conceito
"Web 2.0 é a mudança para uma internet como plataforma, e um entendimento das regras para obter sucesso nesta nova plataforma. Entre outras, a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva"
Tim O'Reilly
As ferramentas, aplicações Web 2.0, vem transformar o meio de transmitir informações, através da evolução de vários softwares podendo proporcionar um intercâmbio e maior interatividade coletiva, exprimindo de certa forma a inteligência coletiva.
A Web 2.0 faz uso de diversas arquiteturas de software, onde as pessoas, através de intercâmbio de sua colaboradores e entre os seus utilizadores pontecializa cada vez mais o meio. Os utilizadores da Web são criadores desses conteúdos textuais, audiovisuais, de software, etc., e são igualmente seus consumidores.
A web 2.0 possui um link variado de caminhos para efetuar tipos diferenciados de métodos na criação de um espaço educativo.
A Web passa a ser encarada como uma plataforma, na qual tudo está facilmente acessível e em que publicar online deixa de exigir a criação de páginas Web e de saber alojá-las num servidor (CARVALHO. 2009),
Seus diversos formatos, atualmente, podem englobar textos, imagens, áudio, e vídeo. São websites que usam tecnologias como blogs, mensageiros, podcasts, wikis, videologs, ou mashups (aplicações que combinam conteúdo de múltiplas fontes para criar uma nova aplicação), permitindo que seus usuários possam interagir instantaneamente entre si e com o restante do mundo.”
Seus objetivos são:
- Propiciar aos usuários muita criatividade
- Facilidade na transmissão de informações e colaboração entre os usuários
Web 2.0 e a programação
Começaram a desenvolver softwares que são usados pela Internet e vendidos não em pacotes, mas como serviços, pagos mensalmente como uma conta de água. Além disso, mudou-se a forma de fazer softwares. Para que tudo funcionasse bem na Internet, foi necessária a união de várias tecnologias (como AJAX) que tornassem a experiência do usuário mais rica, com interfaces rápidas e muito fáceis de usar.
A cada etapa de evolução dos softwares, pode observar que quanto mais simples e de forma modular o uso deste tipo de programação se tornava melhor. Onde passou a perceber que as alterações, manutenção e criação ficariam mais fáceis entre os programas..
Segundo estes princípios, os softwares são desenvolvidos de modo que fiquem melhores quanto mais são usados, pois os usuários podem ajudar a torná-los melhores. Por exemplo, quando um usuário avalia uma notícia, ele ajuda o software, a saber, qual notícia é a melhor. Da mesma maneira, quando um usuário organiza uma informação através de marcações, ele ajuda o software a entregar informações cada vez mais organizadas.
Este novo estilo permitiu que qualquer usuário, mesmo o que não tenha nenhuma experiência em criação ou publicar algo na internet, passasse a publicar e participar deste novo modulo de criação.
Isto tudo graças à facilidade no uso destas ferramentas, simples e de fácil uso. Nesta categoria podemos destacar o blogues e wikis.
Notadamente têm-se os blogs e wikis como expoentes desta massificação.
Permitiu ainda o desenvolvimento de interfaces ricas, completas e funcionais, sendo que alguns aplicativos Web, ainda em versão beta, são considerados por muitos como "desktops on-line", proporcionando ao usuário um ambiente de trabalho inteiramente baseado na WWW, acessível de qualquer computador com conexão à Internet.
De forma particular, o AJAX permite ao usuário não esperar que uma página Web se recarregue ou que o processo seja terminado para continuar usando o software. Cada informação é processada separadamente, de forma assíncrona, de forma que não é mais necessário recarregar a página a cada clique.
O compartilhamento de informações deve dar ao usuário a possibilidade de reutilizá-lo.Além do conteúdo editorial e noticioso, na web 2.0 o conteúdo de alguns sites visa gerar comunidades, seja através de sites de relacionamento, seja através de comentários em notícias e blogues.
Os blogs e a própria Wikipedia são frequentemente mencionados como ícones da Web 2.0. Entretanto interfaces colaborativas e participativas sempre existiram desde que a Internet dava seus primeiros passos (no berço das universidades). Listas e fóruns de discussão - até mesmo a Usenet - são exemplos antigos de colaboração e participação. Em 1995 o GeoCities (atualmente pertencente ao Yahoo!) oferecia espaço e ferramentas para que qualquer usuário relativamente leigo construísse seu website e publicasse suas idéias na Internet.
Em cada época podemos ver certos tipos de avanços e hoje temos esta evolução na área da informática que possibilita não somente a construção e elaboração do conhecimento, mas leva muitos outros segmentos, inclusive o do entretenimento.
. Referências:
MARINS Vânia; COSTA. Rosa Maria E.M. da. Aula 4A – Ferramentas da Web 2.0 e as Comunidades de Prãticas. Disponível em: http://www.lanteuff.org/moodle/course/view.php ?id=333.
MARINS Vânia; COSTA, Rosa Maria E.M. da. Aula 4B – Ambientes Virtuais de Aprendizagem. Interfaces. Disponível em: http://www.lanteuff.org/moodle/course/view.php?id=333.
CARVALHO, Ana Amélia. Manual de Web 2.0 para Professores. Ministério da Educação. ISBN 978-972-742-294-4. Selenova, 2008.
Seabra, Carlos. Tecnologias na Escola. - Porto Alegre: Telos Empreendimentos Culturais, 2010, ISBN – 978-85-99979-03-7
ALVIM, Luisa. Blogues e Bibliotecas: Construir redes na Web 2.0. Disponível em:
http://www.apbad.pt/CadernosBAD/Caderno12007/LAlvimCBAD107.pdf
WEB 2.0 - Wikipedia. Disponivel no site: http://pt.wikipedia.org/wiki/Web_2.0
sexta-feira, 29 de abril de 2011
Criatividade, Pesquisa e Inovação
1. Introdução:
A escrita é uma arte, onde o escritor passa a combinar letras, sinais, diagramação e o assunto. Cada idem tem que interagir com o outro, formando uma grande pintura que levara a compreensão da obra. Um bom texto literário, informativo ou qualquer outro tipo, jamais pode ser somente montando sem se pensar no público-alvo, ou na informação que deseja passar. Esta montagem de idéias é um constante exercício, entre o escritor e o objetivo maior da escrita, a informação.
Aprendemos a conviver no mundo da linguagem escrita. Ao darmos nosso primeiro passo como leitor, somos introjetados num mundo de imagens e pouco texto, com a finalidade de compreendemos o novo mundo e suas associações. Depois vamos desenvolvendo e um universo de recurso é apresentado, passando a conviver com o uso da escrita, imagem, vídeos e outros meios que nos levam a comunicação mais eficaz..
Como relata Jozeanes no seu texto: Todo texto bem escrito obedece a uma hierarquia de informações, que se dividem em parágrafos. Isto é, o texto avança em partes semanticamente organizadas, de modo que as informações não se atropelem. Mas o avanço das informações deve ser “costurado”, ou então será apenas uma seqüência avulsa de dados. O velho ditado da linguagem popular – “uma coisa puxa a outra” – é particularmente verdadeiro no texto escrito.
2. Desenvolvimento:
Uma boa lógica na elaboração textual é fundamental para transmitir o desejado. Um bilhete deixado para alguém (mãe, irmão, namorado, chefe, etc) não importa para quem, o importante e saber o assunto a ser abortado, quem ira ler, e a forma correta ao transmitir aquela informação, de modo a alcançar o seu objetivo. MALDONATO & DELL´ORCO, 2010 diz que`` a inovação é uma capacidade de a mente inferir significados inusitados a partir de informações aparentemente banais; produzir respostas divergentes e criativas; olhar a realidade convencional com uma óptica insólita; gerar, em suma, hipóteses, cenários e soluções diferentes de maneira quase casual, mesmo fora de uma lógica estruturada.
Ao estarmos constantemente atualizando o nosso banco de dado humano, através de pesquisa, informações diversas, conversas. Tudo isto nos possibilita a aumentar o nosso leque de possibilidades, onde podemos ser mais criativos e inovadores na propagação da mensagem, fazendo uso de diversos tipos de textos e formados de maneira a atingir o nosso público-alvo.
O fato da inovação e a criatividade não ocorrer tão freqüente no meio de ensino, é porque se criam formas ou métodos que acabam engessando e até mesmo inibindo o processo criativo. Na antiguidade Grega, os alunos tinham aulas em meio a praças publicas, ar livre, vivendo e exemplificando a vida.
O conhecimento é um caminho ordinário e extraordinário, de confirmação e surpresa, de fascínio e desorientação, de cansaço e felicidade. Aprender não é somente reconhecer o que já é sabido.
Nem sequer transformar o desconhecido em conhecimento. Aprender é a unidade do reconhecimento e da descoberta, a união do conhecido e do desconhecido. O desejo de verdade, que convida a conhecer por conhecer, sem preocupar-se com as conseqüências éticas, políticas ou religiosas, é provavelmente a cifra mais íntima da aventura do conhecimento. (MALDONATO & DELL´ORCO, 2010).
Hoje passamos a ficar isolados a certos temas, materiais, sem nos desenvolver ou aprender algo novo. Tornamos previsíveis, poucos saem desta condição ao conseguir atingir o novo. E quando elas saem, passam a destacar dos demais.
3. Conclusões:
Para conseguirmos atingir o aluno com um grau de assertividade, devemos repensar a forma de elaboração das tarefas, fazendo uso de um design mais criativo, explorando cores, conteúdo, utilização de diversas mídias, tipologia agradável. O ser criativo é conseguir extrapolar a fronteira do conhecimento imposta por um sistema engessado em uma cultura de limitação. È levar a informação, utilizando recursos simples, dinâmicos e de fácil compreensão por todos.
5. Referências:
- NUNES, Jozanes Assunção. Habilidade: Compreender e Expressar. Ed 1 –Texto Teórico.
-MALDONATO, Mauro; DELL´ORCO, Silva. Criatividade, Pesquisa e Inovação: o Caminho Surpreendente da Descoberta. B. Téc. Senac: a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 36, n.1, jan./abr. 2010.
-COSTA, Wanderley. Educação Escolar: O Design Como Agente Da Criatividade publicado 6/02/2008 em http://www.webartigos.com/articles/4069/1/Educacao-Escolar-O-Design-Como-Agente-Da-Criatividade/pagina1.html#ixzz1Jube3NT9.
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domingo, 13 de fevereiro de 2011
Reabilitação físico-funcional nas lesões do plexo braquial
As lesões do plexo braquial têm graves repercussões no contexto familiar, profissional e qualidade de vida dos indivíduos acometidos, prejudicandoos consequentemente na realização de habilidades funcionais. Em vista disso, todos os esforços da reabilitação física são dirigidos para torná-los o mais independente possível. Após a lesão total da fibra nervosa, ocorre uma degeneração que acontece a partir do Nódulo de Ranvier distal do coto proximal da fibra (Degeneração Walleriana).
A reabilitação sensório-motora é consenso entre os autores engajados em pesquisas que objetivam a recuperação funcional dessa população. A fisioterapia tem como metas manter a amplitude de movimento articular, retardar a atrofia muscular por desuso e reeducar os grupamentos musculares.
Anatomia
O plexo braquial é formado pela união dos ramos anteriores de C5 a T1, emergindo entre os músculos escaleno anterior e médio. Em muitos casos recebe a contribuição de C4, quando é chamado de pré-fixado. Nos casos em que esta contriuição é de T2, chamamos de pós-fixado. Os ramos posteriores das raízes não fazem parte do plexo braquial e inervam a musculatura do pescoço.
A complexa formação do plexo braquial inicia-se com o tronco superior, que resulta da união das raízes de C5 e C6. O tronco médio corresponde a raíz de C7, e o tronco inferior se origina das raízes de C8 e T1. Cada tronco se subdivide em uma porção anterior e posterior.
A divisão anterior do tronco superior e do médio forma o fascículo lateral, a divisão posterior dos três troncos origina o fascículo posterior e a divisão anterior do fascículo inferior continua como fascículo medial. Os fascículos estão localizados na região infraclavicular profundamente ao músculo peitoral menor, e recebem estas denominações por sua relação anatômica com a artéria axilar.
Outra relação importante com o plexo braquial é o gânglio simpático que se encontra logo abaixo da raíz T1, que é chamado gânglio cervicotorácico ou estrelado, e mantém comunicações com T1. Lesões desta região acarretam a diminuição do sistema simpático, levando ao predomínio do parassimpático, resultando em ptose palpebral, enoftalmia e miose. Este conjunto de sinais é denominado Claude-Bernard-Horner.
O nervo frênico não faz parte do plexo braquial, é formado por ramos de C4 e algumas vezes também recebe fibras de C5, situa-se medialmente ao plexo, sobre o músculo escaleno anterior, e sua identificação é importante no ato cirúrgico.
Os primeiros nervos originados do plexo braquial, logo após o forame vertebral, são o nervo dorsal escapular, ramo de C5 que inerva o músculo elevador da escápula, rombóides maior e menor; o nervo torácico longo, formado por ramos de C5, C6 e C7, inerva o músculo serrátil anterior.
O nervo supra-escapular originam o nervo peitoral lateral, o nervo musculocutâneo e a raiz lateral do nervo mediano. No fascículo medial originam-se os nervos peitoral medial, cutâneo medial do braço, cutâneo medial do antebraço, raíz medial do nervo mediano e nervo ulnar. Do fascículo posterior tem origem os nervos subscapular, toracodorsal, axilar e radial.
Etiopatogenia
As desordens do plexo braquial são classificadas em lesões traumáticas e não traumáticas. As traumáticas representam aproximadamente 50% de todas as desordens dos plexos e podem ser provocadas por compressão, estiramento ou ruptura das raízes. As lesões do plexo braquial podem ocorrer em qualquer local, desde a origem das raízes até os nervos periféricos, sendo classificadas em relação à localização em pré e pós-ganglionares, na tentativa de separar as lesões intradurais, provocadas por “arrancamento”, das extradurais. As lesões pré ganglionares ocorrem entre o espaço epidural e forame intervertebral, e as pós-ganglionares se estendem do forame intervertebral até a axila
Classificação das Lesões do Plexo Braquial
As lesões do plexo braquial podem ser divididas em superior, inferior e completa. Na lesão superior ocorre uma tração dos troncos superiores C5 e C6, geralmente por uma força de tração afastando a cabeça do ombro.
Já na lesão inferior, ocorre uma tração nos troncos C8 e T1, devido a uma força de estiramento do braço em abdução.
E na lesão completa afeta todos os troncos do plexo braquial (C5 a T1), sedo ocasionado por lesões traumáticas e obstétricas durante o parto.
TACHDJIAN (1995) classifica a paralisia braquial obstétrica de acordo com a gravidade da lesão e dos componentes do plexo que são danificados:
• Alta, proximal ou tipo Erb-Duchenne: É a mais comum, identificada em 75% dos casos, ocorre lesão ao nível de C5, C6 e C7.
• Baixa, distal ou tipo Klumpke: Tipo mais raro, com a incidência de 1%. Ocorre lesão ao nível das raízes C8 e T1. Pode estar associada à síndrome de Claude-Bernard-Horner.
• Total, Completa ou tipo Seeligmüller: Ocorre lesão em C5, C6, C7, C8 e T1. É identificada em 24% dos casos. Pode estar associada à Síndrome de Claude-Bernard-Horner.
Classificação Funcional das Lesões do Plexo Braquial
O sistema nervoso periférico é constituído pelos nervos espinhais, os quais podem sofrer lesão traumática. Os nervos do sistema periférico podem ser do tipo sensitivo, motor ou misto. As alterações serão de natureza sensitiva, motora ou mista.
Na lesão de um nervo, os músculos por ele inervados terão sua ação interrompida. Assim, o segmento anatômico distal à lesão, em se tratando de nervo sensitivo, perderá a sensibilidade, quando nervo motor a motricidade e quando misto ambos.
Miotómos:
• C5 — flexores do cotovelo (bíceps braquial);
• C6 — extensores do punho (extensor radial longo e curto do carpo);
• C7 — extensores do cotovelo (tríceps);
• C8 — flexores dos dedos (flexores profundos) do dedo médio;
• T 1 — abdutores do dedo mínimo.
Didaticamente, as lesões dos nervos periféricos são classificadas segundo SEDDON (1944) e SUNDERLAND (1968):
Neuropraxia:
Lesão nervosa periférica sem solução de continuidade de fibras nervosas, com distensão, contusão, ou compressão, de prognóstico excelente. Com indicação de fisioterapia, principalmente durante o período no qual o nervo não exercer sua função. A cirurgia pode estar indicada em alguns casos de compressão do nervo que não regride ao tratamento conservador.
Axoniotmese:
Lesão nervosa periférica com solução de continuidade das fibras nervosas, porém, com preservação da bainha de tecido conectivo que envolve o nervo (epineuro). Com prognóstico excelente, tratamento conservador e fisioterapia.
Neurotmese:
Lesão nervosa periférica com secção completa do nervo. Prognóstico reservado, com indicação de reparação cirúrgica do nervo ou transferência muscular. Na evolução, existe também indicação de fisioterapia.
Degerenação Nervosa
Após uma lesão nervosa, ocorre um processo degenerativo no segmento distal que é chamado degeneração walleriana ou centrífuga e no segmento proximal, conhecido como degeneração axônica ou centrípeta.
A degeneração walleriana é um processo de degradação de todas as estruturas do axônio distal à lesão, que perde sua continuidade com o corpo celular do neurônio. A degeneração axônica ocorre em alguns milímetros ou centímetros proximalmente à lesão e sua extensão varia de acordo com a intensidade do trauma.
Nos processos de degeneração walleriana e axônica há fagocitose das estruturas degradadas por macrófagos e células de Schwann, que deixam o tubo endoneural vazio e preparado para receber o axoplasma produzido pelo corpo celular durante o processo de regeneração nervosa.
Regeneração das Lesões Nervosas Periféricas
Após a lesão nervosa ocorrem uma série de alterações no corpo celular do neurônio, conhecidas por cromatólise. Neste processo, o retículo endoplasmático condensado, conhecido como substância de Nisll, se dispersa pelo citoplasma da célula, o núcleo e nucléolo aumentam de tamanho e se dirigem para a periferia da célula, aumenta a quantidade de DNA e RNA; e a célula se prepara para um processo de metabolismo intenso, produzindo o axolasma que irá invadir o tubo endoneural distal. A velocidade de produção do axoplasma permite uma regeneração nervosa, em humanos,de cerca de 1 a 2 milímetros por dia.
Grupos de fibras nervosas, em diferentes níveis, podem ser lesados por trauma mecânico, térmico, químico ou por isquemia; e o prognóstico da lesão depende tanto do mecanismo do trauma, quanto do nível em que a estrutura nervosa foi lesada.
Dependendo do tipo de trauma e de lesão há variação na conduta a ser tomada. Os ferimentos causados por trauma mecânico com elemento cortante são de diagnóstico mais simples e devem ser tratados pela reconstrução cirúrgica.
Classicamente, os causados por arma de fogo de pequeno calibre são tratados, inicialmente, não cirurgicamente, por cerca de 60 dias, antes de se estabelecer a conduta definitiva, dependendo de sua evolução. As lesões nervosas graves causadas por frio são raras em nosso país. Ocasionalmente ocorrem neuropraxias a frio após uso excessivo de bolsas de gelo por esportistas, por exemplo.
As ocasionadas pelo calor e por substâncias químicas também são raras. As causadas por compressão são de maior ou menor gravidade dependendo do tempo de isquemia provocado. Elas podem ser provocadas por tumores, hematomas, saliências ósseas, entre outras; ou por pressão de um torniquete, uma faixa de Esmarch e mesmo uma imobilizacao provisoria. Cada um destes agentes podem causar alterações anatomopatológicas diferentes de acordo com o nível de acometimento da fibra nervosa.
Reabilitação físico-funcional em pacientes com Plexopatias Braquial
O programa terapêutico visa a prevenção de retrações musculares e manutenção da amplitude de movimento, através de alongamentos e exercícios (passivos, livres, resistidos) associados ao treino de habilidades funcionais. Técnicas específicas de Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva e eletroterapia.
O TENS (neuroestimulação elétrica transcutânea) para o controle da dor nos estágios iniciais da lesão é fundamental e pode ser obtido através do uso da estimulação elétrica nervosa transcutâne. LIANZA (2001) afirma que o FES é utilizada retardar o processo de atrofia, principalmente a fibras do tipo II.
Após a lesão de um nervo periférico, a resposta esperada é a de atrofia das fibras musculares e substituição progressiva por tecido conjuntivo fibroso. Este processo dura cerca de 30 a 36 meses após a denervação. Muitos tem indicado o uso de estimulação elétrica para evitar ou retardar tal fenômeno. Alguns estudos sugerem o uso de estimulação elétrica diária por, no mínimo, 30 minutos. Por outro lado, existem relatos sobre efeitos deletérios da estimulação elétrica em músculos denervados. Se houver expectativa de retorno da função muscular em 15 a 18 meses, a estimulação elétrica parece não proporcionar nenhum benefício.
Alguns estudos demonstraram que a recuperação de músculos denervados não submetidos a estimulação elétrica é o mesmo que os submetidos. Naqueles paciente onde a expectativa de reinervação muscular é maior que 2 a 3 anos o uso de estimulação elétrica é questionável e há necessidade de maiores estudos sobre estímulos que imitam a fisiologia muscular para estabelecer seu real benefício.
A cinesioterapia com mobilização passiva para prevenir as contraturas dos tecidos moles, especialmente às aderências escapuloumerais. É preciso ter cuidado para não distender exageradamente os tecidos moles adjacentes á articulação do ombro, principalmente na presença de paralisia total do braço, tendo cuidado de não deslocar do ombro, evitando o risco de luxação da articulação glenoumeral.
A aplicação de talas e tipóias evita o encurtamento de tecidos moles. O programa de treinamento da motricidade deve incorporar períodos de contenção do membro superior sadio.
A terapia com laser de baixa intensidade de diodo Arseneto de Gálio (AsGa) vem sendo utilizada em várias pesquisas clínicas po ocasionar um estímulo na microcirculação, devido à paralisação dos esfíncteres pré-capilares, po provocar vasodilatação de arteríolas e capilares e da neoformação vascular, levando a um aumento d fluxo sanguíneo na área irradiada, têm sido utilizado também para a cicatrização de tecidos e po ocasionar um aumento na produção de ATP celular, provocando aumento na atividade mitótica da células.
O laser de baixa intensidade pode ser utilizado nos quadros álgicos nas raízes dos plexo correspondentes ao local de dor. Para esses quadros utiliza-se uma dosimetria que varia de 10-20 J/cm2. O efeito analgésico daria-se pela diminuição da inflamação devido à menor quantidade de prostaglandinas favorecendo a eliminação das substâncias algógenas, e pela liberação de beta-endorfinas que atuam no tálamo, bloqueando a percepção de dor.
Conclusão
A Fisioterapia desempenha um papel de destaque no tratamento conservador dos pacientes com lesão de PB, sendo ele o profissional da saúde que terá o maior contato com este paciente, onde lhe é atribuída à responsabilidade de reabilitar e oferecer melhor qualidade de vida ao paciente com lesão de plexo braquial.
Referências
ESTEVES, C. E. A IMPORTÂNCIA DA REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NAS LESÕES DO PLEXO BRAQUIAL SUPERIOR.
HEBERT, S; XAVIER, R. Ortopedia e Traumatologia: Princípios e Prática. 2 ed. Porto Alegre: ArtMed, 1998.
LIANZA, S. Medicina de reabilitação. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2001. cap. 9: Estimulação elétrica funcional.
MARCOLINO, A. M. et. al. REABILITAÇÃO FISIOTERAPÊUTICA NA LESÃO DO PLEXO BRAQUIAL: relato de caso. Fisioter. Mov. 2008 abr/jun;21(2):53-60.
MATTAR JR. R.; AZZE, R. J. ATUALIZAÇÃO EM TRAUMATOLOGIA DO APARELHO LOCOMOTOR: LESÃO DOS NERVOS PERIFÉRICOS. Publicação Oficial do Instituto de Ortopedia e Traumatologia.
ORSINI, M. et. al. Reabilitação Motora na Plexopatia Braquial Traumática: Relato de Cas. Rev Neurocienc 2008;16/2: 157-161.
RUARO, A. F. Ortopedia e Traumatologia: temas fundamentais e a reabilitação /Umuarama : Ed. do Autor, 2004.
SOBOTTA, Johannes. Atlas de Anatomia Humana. 21 ed. Vol.2: Tronco, Vísceras e Extremidade Inferior. Guanabara Koogan, 2000.
sábado, 22 de janeiro de 2011
ATO MÉDICO
Como é ex-jogador de voleibol, desenvolveu lesão do nervo supra-escapular, que culminou numa atrofia do músculo infra-espinhoso. Devido a distúrbios hormonais, desenvolveu osteoporose. Na avaliação, apresentou restrição da mobilidade da cápsula posterior do ombro, fraqueza dos músculos rotadores internos do úmero (grau 3), além de fraqueza de serrátil anterior e trapézio fibras inferiores (graus 4 para os dois músculos).
A articulação esterno-clavicular também tem sua mobilidade diminuída. O que devo fazer, Dr.? Como posso fazer para restaurar a mobilidade da articulação? O que é mais indicado:
mobilização articular ou alongamento? No caso de ser mobilização, que grau devo utilizar? No caso de ser alongamento, é preferível o alongamento ser estático ou balístico? Ou seria melhor utilizar de contração-relaxamento? Qual o tempo adequado de manutenção do alongamento? Ou será que é tudo contra-inidcado, devido à osteoporose?
Com relação ao fortalecimento dos rotadores internos do úmero, qual exercício seria mais indicado para fortalecer o músculo sub-escapular, importante na estabilização dinâmica da articulação gleno-umeral? Devo usar thera-band, halteres,
resistência manual ou simplesmente realizar exercícios ativos livres?
Com relação ao serrátil anterior qual exercício seria mais indicado? Push-ups? Protração resistida? Exercícios ativos apenas, simulando atividades funcionais e procurando evitar movimentos escapulares anormais?
Tudo isso? Nada disso? E se ele utilizar de compensações para a realização dos exercícios, como devo proceder? Com relação ao trapézio inferior, é melhor fazer o exercício contra ou a favor da gravidade? Devo ou não utilizar de movimentos ativo-assistidos?
Qual o melhor exercício? Existe tal exercício? No caso da restrição da articulação esterno-clavicular, é necessário corrigir essa alteração de mobilidade? Se for, é possível corrigí-la? Como proceder. Tem contra-indicações ou precauções?
Não podemos esquecer de tratar também o tecido lesado (tendão do supra-espinhoso). Ele apresenta dor moderada ao elevar o membro superior D acima de 90 graus, que diminui a praticamente zero ao abaixar o braço. É necessára analgesia?
Se for, que forma TENS? Qual a modulação (frequência, comprimento de onda, duração e intensidade)? Ou será que crioterapia é melhor? Em qual forma de aplicação? Por quanto tempo? Ou será que nenhuma analgesia é necessária?
O que posso fazer para estimular o reparo do tendão? US q(uantos MHz? Quantos W/cm2? Por quanto tempo? Onde aplicar?), Laser (qual a intensidade? duração? tem contra-indicações?), exercícios (excêntricos, concêntricos, isométricos, resisitidos, livres? quantas séries e repetições? Qual o intervalo entre séries? Quantos RM? Devo
fazer todos os dias ou não? É contra-indicado exercício?).
Como posso fazer um exercício para supra-espinhoso? Por favor, repassem essa mensagem com urgência para todos os médicos com competência para me ajudar, pois estou com o paciente afastado do trabalho por invalidez e continuo aguardando a "prescrição médica da fisioterapia", já que sem a "prescrição médica", segundo o ato médico, não posso fazer nada $e nós todos os brasileiros, inclusive os médicos
estamos pagando para ele não trabalhar. Não deixemos esse afastametno virar aposentadoria!
Concluindo: Sim ao ato médico, desde que os médicos estudem na faculdade todo o conteúdo que outras 13 profissões da área de saúde têm em seu currículo.
Marco Tulio Saldanha dos Anjos
Fisioterapeuta
CREFITO-4 51246-F
sexta-feira, 21 de janeiro de 2011
CONQUISTA
Eu queria conquistar o mundo
preencher de ideias, de conforto de alegria
Eu queria voar para todos os lugares, alcançar lugares, passear conversar
ter e viver com alguem,
Eu queria ter uma sacola mágica, para poder tirar de lá todos os meus sonhos
desejos e desejos e sonhos dos outros,
Eu queria saber segurar por grande e longo tempo a respiração e poder explorar
o mais profundo de todos os oceanos, ver lugares jamais vistos, ver seres jamais observados tocar em plantas, pedras e até descobrir tesouros submersos,
Eu queria poder explorar o profundo de cada ser, saber o que pensa, o que deseja e poder realizar tal feito.
Eu queria ir a lua, visitar todos os sistema solares que existir, viajar no tempo, comquistar distribuir, doar;
Eu queria....mas não posso.
Então o que me resta é sonhar, acreditar e saber distribuir o que tenho, no tempo certo,para pessoas certas e o pouco que tenho fazer tornar um maximo perante aqueles que conseguir ajudar.
Eu queria conquistar o mundo....mas posso conquistar o mundo de alguém com um sorriso
Eu queria voar para todos os lugares.... mas eu posso alcançar o mais profundo coração sem atingir grandes alturas e fazer a diferença nesta vida.
Eu queria ter uma sacola magica para transformar....mas eu posso transformar aqueles que estão proximos a mim, com um carinho, com amor, sabendo dizer sim e também dizer nao em momentos oportunos.
Eu queria saber segurar por grande tempo a respiração...mas eu posso abster de algum momento da minha propria respiraçao e saber atribuir ajuda a outros respirando com eles momentos feliz, triste, curto, longo...sabendo o momento certo de falar ou ficar calado, o momento de chorar ou sorrir juntos, anda ou ficar parado.
Eu queria poder explorar o profunda de cada ser...mas eu posso explorar o meu, fazer
a compreender os meus proprios sentimentos e transmiti-los a outros de forma a transformar.
Eu queria ir a lua. viajar, conquistar...mas eu posso ir muito além, basta colocar a disposiçao
eu queria....eu posso.