Comércio - ENEB
Moisés Alves Pimentel
08/01/2021
ENUNCIADO
A empresa Senderos (fictícia), dedicada à venda e distribuição de vinho com
denominação de origem Ribera del Duero, tem como propósito começar a vender
seus produtos fora da Espanha no ano que vem.
Senderos dispõe tanto de um produto de grande qualidade, prestígio e conhecido na
Espanha, como de uma boa estrutura de produção e venda para o comércio
nacional.
Ainda que as vendas sigam aumentando, a Espanha está ficando pequena e, como
fator inevitável da crise, necessitam pensar em outros países para poder continuar
crescendo.
A empresa necessita de alguém que controle essa nova etapa tão importante e será
o escolhido para tal trabalho.
PEDE-SE
Tendo em conta aquilo que foi aprendido durante o curso e o enunciado
apresentado:
1. Realize um estudo do produto principal da empresa (vinho tinto).
Estudo do Setor vinícola
O mercado de vinho espanhol vem sempre se reestruturando e se adaptando com o
passar dos anos. A Espanha possui relação antiga na produção de vinho, onde há
registros que aproximadamente 4.000 ou 3.000 a.C, já se cultiva tal prática na
região. A cultura do vinho sobreviveu a tempos difíceis na idade Média com as
invasões dos bárbaros e Árabes (Pimentel, 2021).
Houve mudanças signicativas no setor deste a década de 1990, onde seus
produtores procuraram modernizar o processo produtivo e consiguientemente novas
regulamentação no setor que levou o vinho espanhol a conquistar mais prestigios
em todo mundo.
O vinho espanhol, conforme o Divvino se destaca pelo seu terroir característico que
é apreciado no mundo todo. O país esta como o terceiro maior produtor mundial,
ficando atrás da Itália e França gerando um volume de quase 4,4 bilhões de litros
anualmente.
A área de produção de vinho é a terceira mais cultivada na Espanha, depois de
cereais e azeitonas e os tipos variados de solos e qualidades refletem na pluralidade
dos varios tipos de perfis de vinhos espanhois como relata a Revista adega uol.
De acordo com a mesma, o setor vitivinícola espanhol é regido por normas claras
para a qualificação de seus produtos, as quais são registradas perante à União
Europeia. A principal divisão é entre os vinhos de Denominación de Origen
Protegida (DOP) e os de Indicación Geográfica Protegida (IGP). Quaisquer vinhosque não se enquadrem nos critérios DOP ou IGP só podem ser rotulados como
“Vino”.
Os vinhos devem seguir especificações especificas tipo de variedades de uva, modo
de cultivo, localização tempo de envelhecimento e um patamar mínimo de qualidade
de acordo com Denominacion de Oriegem (DO) com seu próprio Conselho
regulador.
Devido a estas especificações, a qualidade e o preço dos seus produtos fazem que
os vinhos espanhois estejam dentro dos mais conceituados do mundo, favorecendo
com isso sua competitividade a nivel mundial.
Estudo do produto
A Senderos além de possui grande experiencia no setor de vinhos conta com a
qualidade de seus vinhetos. Ela esta localizada na Ribera del Duero uma região que
possui o solo calcário-arenoso com alguns vinhedos a 850 metros de altitude e é
protegida de qualquer influência marítima que faz com que a amplitude térmica
possa chegar aos 20° C.
A Ribera del Duero tem precipitação moderada a baixa, sendo 450 mm por ano, com
verões longos e secos com temperaturas de até 40° C e invernos rigorosos. E os
vinhendos ocupam cerca de 120 Km².
Os vinhos produzidos derivam quase exclusivamente de uvas vermelhas, dedicada
ao Tinto Fino 100% varietal Tempranillo, Cabernet Sauvignon, Merlot, Malbec e
Garnacha Tinta.
Devido ao clima e o solo calcário-arenoso faz de Ribera del Duero um lugar com
ótima produção de vinhos de boa qualidade, melhores tintos e rosados. Traz em
suas características, vinhos mais tintos e com tanimos mais adstringentes como
salienta a revista adega uol.
A Senderos dispõe de produtos com qualidade e certificaçãoque é conhecido em
toda Espanha, graças a sua qualidade de produção, tecnología e com profissionais
qualificados em toda área de produção e administrativa.
Estudo do Setor Espanhol
O país possui a maior extensão de vinhedos do mundo e, também, é o maior
cultivador da uva Tempranillo, que dá origem a vinhos de características variadas e
com excelente qualidade.
A produção de vinho Espanhol creceu 36% na campanha 2018/2019 de acordo com
agricultura e mar. Os agricultores produziram 44,6 milhoes de hl de vinho nos
primeiros cinco primeiros meses 2018/2019.
A produção de uva no mês de Dezembro mantém-se nos 6.402 milhões de quilos.
Maior é o registrado pelas existências finais de vinho e mosto a 31 de Dezembro de
2018, superiores em 12,4 milhões de hl registradas em 31 de Dezembro de 2017, a
situar-se nos 62,9 milhões de hl.
A consequência de uma maior produção de vinho é o aumento das saídas de vinho
para destilação: aumentaram 154% nos cinco meses de campanha, atingindo os
723.807 hl.
A revista Vida Rural (2019) informa que a Espanha continua a ser o maior
exportador mundial de vinhos, em volume, com 20,9 mhl, representando 19,4% do
mercado global. Já em valor, a liderança pertence à França, com 9,3 mil milhões de
euros exportados, em 2018.
A Espanha, França e Itália dominam as exportações de vinho, em 2018,
representando mais de 50% do mercado global, totalizando 54,8 mhl.
Nos últimos dados da Ripley believes (2021) a Espanha é um dos princípais países
produtores de vinho e ocupa o segundo lugar na produção anual de vinho,
produzindo 4.607 milhões de toneladas por ano.
O país ostenta a maior área cultivada com uvas no mundo, com mais de 1.17
milhões de hectares sob a lavoura. O consumo doméstico de vinho também é
relativamente alto, com o consumo médio anual de vinho per capita sendo 5.706
galões.
2. Realize uma investigação exaustiva sobre a situação de cada um dos países
escolhidos;
Após análise foi realizado uma pesquisa em três diferentes continentes e países
investigando os pontos de vista econômico, político e social dos futuros clientes.
- Alemanha (Europa)
O país esta localizado na Europa central. É limitado a norte pelo mar do
Norte, Dinamarca e pelo mar Báltico, a leste pela Polônia e pela Chéquia, a sul
pela Áustria e pela Suíça e a oeste pela França, Luxemburgo, Bélgica e Países
Baixos.
A Alemanha abrange 357 051 quilômetros quadrados e é influenciado por um clima
temperado sazonal. Com 82,8 milhões de habitantes em 31 de dezembro de 2015, o
país tem a maior população da União Europeia (estimativa para 2017 de 82.800.000
hab.) e é também o lar da terceira maior população de migrantes internacionais em
todo o mundo.
É uma república parlamentar federal, constituida por 16 estados. A capital e a maior
do país é Berlim. A Alemanha é membra das Nações Unidas, da OTAN, G8, G20,
da OCDE e da OMC.
É a quarta maior economia do mundo por PIB nominal ( estimativa de 2017 no total
de 3.685 trilhões de dólares) e a quinta maior em paridade do poder de compra e
possuindo uma per capita de 46.893 dolares. A moeda é o Euro.
É o segundo maior exportador e o segundo maior importador de mercadorias. Em
termos absolutos, a Alemanha atribui o segundo maior orçamento anual de ajudas
ao desenvolvimento no mundo, enquanto está em sexto lugar em despesas
militares.
O país tem desenvolvido um alto padrão de vida e estabeleceu um sistema global
de segurança social. O índice de desenvolvimento humano (IDH) de 2019 é de
0,947 e é classificado como muito alto, é o 6° do mundo.
A Alemanha ocupa uma posição-chave nos assuntos europeus e mantém uma série
de parcerias estreitas em um nível global. O país também é reconhecido como líder
científico e tecnológico em vários domínios. (Wikipedia)
- Brasil (América Latina)
A República Federativa do Brasil é o maior país da América do Sul e da região
da América Latina, sendo o quinto maior do mundo em área territorial de
8.510.295,914 km² (equivalente a 47,3% do território sul-americano) fazendo
frontera com Argentina, Bolívia, Colômbia, Guiana Francesa, Guiana, Paraguai,
Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela.
Possui um litoral de 7.491 km banhado pelo océano Atlântico, a língua portuguesa é
falada em todo territorio além de ser uma das nações mais multiculturais e
étnicamente diversas, devido a forte imigração em variados locais do mundo.
Sua atual Constituição, promulgada em 1988, concebe o Brasil como uma república
federativa presidencialista, formada pela união dos 26 estados, do Distrito Federal e
dos 5 570 municipios.
O país e sexto em população (com mais de 210 milhões de habitantes). O índice de
desenvolvimento humano (IDH) de 2019 é de 0,765 e é classificado como alto, é o
84° do mundo sua moeda é o Real.
O PIB nominal é o décimo segundo (12°) maior do mundo, e o oitavo (8°) em
paridade de compra. Maior economía da América Latina e segunda da América. É
um dos principais celeiros do planeta, sendo maior produtor de café, soja, entre
outros. É um país recentemente industrializado com uma economía de renda médiaalta classificada pelo Banco Mundial.
O País possui ativos no setores de mineração, manufatura, agricultura e serviços,
com uma força de trabalho de 120 milhões de pessoas (6ª maior do mundo). É o 4°
maior no mercado de automóveis, principais produtos de exportação estão
aeronaves, equipamentos eletricos, automoveis, etanol, têxteis, calçados, minério de
ferro, aço, café, suco de laranja, soja e carne.
A nação tem reconhecimento e influência internacional, sendo classificada como
uma potencia global emergente e como uma potencial superpotencia por varios
analistas. É membro fundados da Organização das Nações Unidas (ONU), G20,
BRICS, Comunidade dos países de língua Portuguesa (CPLP) União Latina,
Organização dos Estados Americanos (OEA), Organização dos Estados Iberoamaericanos (OEI), Mercado Comum do Sul (Mercosul) e da União de Nações SulAmericanas (Unasul). (Wikipedia).
- Singapura (Sudeste Asiático)
A República de Singapura é uma cidade-Estado insular situada na ponta sul da
Península Malaia, no Sudeste Asiático, 137 quilômetros ao norte do equador. É
formada por 63 ilhas e é separada da Malásia pelo Estreito de Johor, ao norte, e das
Ilhas Riau (Indonésia) pelo Estreito de Singapura, ao sul.
O país é o que apresenta o maior Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) dos
países asiáticos (9° melhor do mundo em 2014). O seu território é altamente urbanizado, mas quase metade dele é coberto por vegetação. No entanto, mais
terras estão sendo criadas para o desenvolvimento por meio do processo
de aterramento marítimo.
A economia depende fortemente da indústria e dos serviços. O país é um líder
mundial em diversas áreas: é o quarto principal centro financeiro do mundo, o
segundo maior mercado de casinos e o terceiro maior centro de refinação
de petróleo do mundo. Seu porto é um dos cinco mais movimentados do mundo. O
país é o lar do maior número de famílias milionárias em dólares per capita do
planeta. O Banco Mundial considera a cidade como o melhor lugar no mundo para
se fazer negócios. O país tem o terceiro maior PIB per capita por paridade do poder
de compra do mundo, tornando Singapura um dos países mais ricos do planeta.
A população atual em torno dos 5 milhões de pessoas, dos quais 2,91 milhões
nasceram no local. Muitos são descendente de chineses, malaios e indianos. O país
tem quatro línguas oficiais, inglês, chinêns, malaio e Tâmil. Um dos cinco membros
fundadores da Associação de Nações do Sudeste Asiático, Singapura também
abriga a Secretaria da APEC e é membro da Cúpula do Leste Asiático,
do Movimento dos Países Não Alinhados e da Commonwealth.
Em 1967, o país co-fundou a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).
Lee Kuan Yew tornou-se primeiro-ministro, e o país passou da economia do Terceiro
Mundo para uma afluência de Primeiro Mundo em uma única geração. O sucesso
econômico continuou durante a década de 1980, com a taxa de desemprego caindo
para 3% e o crescimento do PIB real em média em cerca de 8% até 1999.
Durante a década de 1980, Singapura começou a atualizar para indústrias de alta
tecnologia, como o setor de fabricação de bolachas, para competir com seus
vizinhos que agora tinham trabalho mais barato.
O Aeroporto de Singapura foi inaugurado em 1981 e a Singapore Airlines foi
desenvolvida para se tornar uma grande companhia aérea. O Porto de
Singapura tornou-se um dos portos mais movimentados do mundo e as indústrias de
serviços e turismo também cresceram imensamente durante este período.
Singapura emergiu como um importante centro de transporte e um importante
destino turístico.
A economia (que entre 1966 e 1990 cresceu, em média, 8,5% ao ano) depende
fortemente da exportação e refino de produtos importados, especialmente
na indústria transformadora. A indústria constituía 26% do PIB de Singapura em
2005. A indústria de transformação é bem diversificada, contando com os setores
de eletrônica, refino de petróleo, produtos químicos, engenharia mecânica e ciências
biomédicas.
Em 2006, Singapura produziu cerca de 10% da produção mundial de wafer de
fundição. Devido a sua localização estratégica Singapura tem um dos portos mais
movimentados do mundo e é o quarto maior centro de negociação de câmbio do
mundo depois de Londres, Nova York e Tóquio.
Singapura foi avaliada como o país com o maior número de empresas de economia
familiar em todo o mundo, com milhares de expatriados estrangeiros empregados
em empresas multinacionais. Singapura é também considerado como um dos
principais centros de financiamento da região e do mundo. Além disso, a cidadeEstado também emprega dezenas de milhares de trabalhadores autônomos vindos
de todas as partes do mundo.
O PIB per capita em 2006 foi de US$ 29,474. Em setembro de 2007, a taxa
de desemprego era de 1,7%, o mais baixo em uma década, tendo melhorado antes
da crise mundial ter chegado a Ásia.
Em 2007, a economia de Singapura cresceu 7,5% e atraiu um recorde S$ 16 bilhões
(US$ 10,6 bilhões) dos investimentos em ativos fixos na fabricação e projetos de
geração de S$ 3 bilhões (US$ 2 bilhões, € 1,6 bilhões) da despesa total de negócios
nos serviços.
Devido à recessão econômica, a economia de Singapura cresceu apenas 1,1% no
ano de 2008, muito inferior ao esperado de 4,5% para 6,5% de crescimento,
enquanto a taxa de desemprego foi para 2,8%.
3. Realize um estudo de mercado desses países em relação ao mercado do
vinho. Investigue o que supõe a distribuição do produto em tais países,
levando em conta temas como documentos, agentes e tarifas, entre outros;
Alemanha
A Alemanha é o maior importador mundial de vinhos em volume, com 14,6 milhões
de hectolitros em 2017, e o terceiro em valor, com 2,4 mil milhões de euros. Com
uma população próxima de 82 milhões de habitantes, o país consumiu, em 2017,
mais de 20 milhões de hectolitros. É o único grande mercado produtor que oferece
vastas possibilidades para a venda de vinhos estrangeiros. (Agricultura e mar,
2018).
As vendas de vinho em Volume apresentam uma quebra pouco significativa em
2015 e as previsões para 2020 apontam para um ligeiro crescimento em Volume;
- No Vinho Tranquilo, o Vinho Branco e o Vinho Rosé aumentaram a sua
quota de mercado. As vendas de Vinho Tinto diminuíram;
- O Champanhe apresenta, em 2015, o maior crescimento no mercado
(5%);
- O preço médio apresentou uma subida, confirmando a tendência;
- As empresas de distribuição Aldi e Lidl dominam o mercado do vinho na
Alemanha com uma quota de mercado combinada de 38%, em 2015.
Em Volume, as vendas de vinho na Alemanha atingiram em 2015 cerca de 2030
milhões de litros, registando uma quebra de 0,2% relativamente ao ano de 2014. O
Vinho Tranquilo é a categoria de vinho mais vendida na Alemanha alcançando, em
2015, os 1 596 milhões de litros.
A quebra em Volume nas vendas de vinho de 2010 a 2015 de -0,8% (CAGR). O
Vinho Espumante foi a única categoria que apresentou resultados positivos, mas
que mesmo assim não são muito significativos com um aumento das vendas em
Volume em cerca de 0,4%. Todas as outras categorias apresentaram quebras nos
resultados.
Em 2015 o Vinho Tinto foi a categoria de vinho tranquilo mais vendida na Alemanha
em Volume (49% - 780 milhões de litros), seguida do Vinho Branco com 42% (666
milhões de litros) e o Rosé com 9% (149 milhões de litros). As previsões para 2020
apontam para uma quebra nas vendas em Volume de Vinho Tinto (-1,2% CAGR).
Todas as outras categorias apresentarão resultados positivos: Vinho Rosé
aumentará 1,4% e o Branco 0,7%.
Em Valor as vendas de vinho na Alemanha atingiram em 2015 cerca 4 490 milhões
de euros, que se traduziu num crescimento de cerca de 0,7% relativamente ao ano
de 2014. A tendência das vendas em Valor, até 2020, será de crescimento na ordem
dos 2,1%.
O consumo per capita de vinho tem vindo a diminuir nos últimos anos, mantendo-se
em 2012 e 2013 para depois voltar a descer. Prevê-se que estabilize em 2018 em
24,5 litros. Em 2010 o consumo per capita de vinho era de cerca de 26,3 Litros e em
2015 o consumo era de 25 Litros, o que representou uma quebra de 5% no consumo
per capita de vinho na Alemanha.
As importações de vinho pela Alemanha em 2016 atingiram 1.469 Milhões de Litros
e 2.469,8 Milhões de Euros. Em Volume a Itália, Espanha e França são os maiores
fornecedores de vinho da Alemanha e representam 77% das importações totais do
país.
Em Valor os 3 países do “ranking” de exportadores são: a Itália, França e Espanha
que juntos representam 79% das importações totais realizadas pela Alemanha.
Até 2020, não se prevê, em Volume, um crescimento do mercado de vinho na
Alemanha.. Estima-se que o Vinho Fortificado apresente a maior quebra (-1,6%), o
Vinho Tranquilo diminua 0,2% e o Vinho Espumante aumente 0,6%.(Instituto da
Vinha e do Vinho, 2017).
Não há restrições para importação para os países participantes da zona do euro, o
que facilita a exploração do mercado de vinho para este país.
Brasil
Enquanto isso, o mercado brasileiro deve seguir na contramão da tendência da
moderação alcoólica. Evidência disso é que a base nacional de consumo, de apenas
aproximadamente 2 litros per capita/ano, está em expansão: em 2019, o mercado de
importados cresceu quase 3% em volume na comparação com 2018 de acordo com
dados da Ideal Consulting.
Ao mesmo tempo, a indústria nacional da bebida está em fase de fortalecimento,
com o setor de espumantes estimando um crescimento de 15% no faturamento de
2019. Finalmente, o acordo Mercosul e União Europeia fez com que o Brasil
entrasse no radar dos produtores europeus, diante da perspectiva de uma
competição mais igual com os sul-americanos. Tudo isso nos leva a crer que o
mercado brasileiro de vinho deva continuar se expandindo em 2020.
No mercado brasileiro, a tendência parece mais favorável aos europeus –
principalmente Portugal, Espanha e Itália – impulsionados pelos subsídios
governamentais para a promoção das exportações, além da perspectiva de uma
concorrência mais igual com os sul-americanos após o acordo comercial Mercosul-EU. Para alguns produtores de Portugal, cuja performance no mercado brasileiro
desapontou em 2019 ao ficar atrás da Argentina no ranking de vinhos importados
(em volume), anunciaram no início deste ano que pretendem desbancar os líderes
chilenos até o final da década.
Não podemos deixar de citar também o espumante nacional, que segundo o
relatório Brazil Landscapes 2019, da Wine Intelligence, já está entre as cinco
bebidas alcoólicas mais lembradas pelo consumidor regular de vinhos no país e que,
ao que tudo indica, deve seguir em expansão em 2020.
Além do gigante asiático, Índia, Brasil, Nigéria e México também são citados na
pesquisa como grandes potenciais para negócios do vinho nos próximos anos. Estes
mercados reúnem algumas características importantes em comum: consumo per
capita relativamente baixo, mas com uma grande população jovem e uma base de
consumidores da bebida em expansão nos últimos anos. (winext, 2020).
Os dados são interessantes e revelam que o consumo per capta no Brasil em 2018
atingiu 1,93 litros por habitante acima de 18 anos de idade. Este número engloba
vinhos nacionais e importados de uvas vitis viníferas e vinhos de mesa.
Apesar do crescimento de 27% no consumo per capta de vinhos finos entre adultos
nos últimos cinco anos, a Ideal Consultoria revela que este número está abaixo do
0,8 litro alardeado pelos “experts”. Em 2014, o consumo per capta de vinho fino
entre adultos era de 0,56 litro e em 2018 chegou a 0,71 litro.
Como esperado, São Paulo, com seus 38,7 milhões de adultos é o maior mercado
de vinhos do Brasil, respondendo por 32,1% do consumo de vinhos no país e
consumo per capta anual de 2,85 litros. O Rio de Janeiro é o segundo maior
mercado consumidor com 17,2% da participação, e também o segundo maior
consumo per capta com 4,03 litros por cabeça anual. Sem surpresas, o terceiro
mercado consumidor é o Rio Grande do Sul, com 12,5% do consumo nacional. E
com população adulta quatro vezes menor que São Paulo, tem o maior consumo per
capta do país com 4,46 litros anuais. Também como esperado, o Rio Grande do Sul,
junto com Bahia e Paraná são os únicos estados em que o consumo de vinhos é
majoritariamente de produtos nacionais, na proporção de quase 3 litros de vinho
nacional para cada litro de importado. (revista adega uol, 2019).
Não houve ano melhor para a venda de vinhos no Brasil que 2020. Diferente do
restante da economia, as políticas de isolamento social contra a disseminação
do novo coronavírus tiveram papel importante para impulsionar os negócios. Com o
setor de eventos paralisado e fechamento de bares e restaurantes, o vinho ganhou
espaço ao se tornar a escolha de bebida para momentos de lazer em casa.
Dados da Ideal Consulting mostram que a comercialização mensal da bebida em
julho deste ano alcançou 63,4 milhões de litros – três vezes mais que o mês de
março, com 21,3 milhões. Foram os meses em que o isolamento foi mais forte no
país. De janeiro a agosto, foram 313,3 milhões de litros, 37% mais que no mesmo
período do ano passado.
A exceção foram os espumantes, muito ligados às festas e comemorações. No
período, houve queda de 5% nas vendas, de 9,3 milhões para 8,8 milhões de litros.
Os números dão conta da venda de vinícolas para supermercados, lojas e
restaurantes, somando importações. Captam, portanto, a formação de estoque e
não a venda na ponta. De qualquer forma, trata-se do melhor resultado da série
histórica. O recorde mensal de julho é 32% maior que a melhor marca anterior à
pandemia, de outubro de 2019 (G1, 2020).
Este ano atípico começou com um período de pânico, que durou até março, quando
o Covid 19 mostrava a sua força no mercado externo, mas ainda não causava
vítimas por aqui. A partir de meados de março, com o vírus presente no Brasil e a
consequente quarentena, começou-se a desenhar uma curva de crescimento no
consumo de vinho, principalmente com as vendas nos supermercados e no ecommerce. Desde então, o aumento acontece tanto nos vinhos importados, como na
comercialização dos rótulos finos brasileiros e, principalmente, nos vinhos de mesa
nacionais.
Em maio e junho, tanto a importação como a venda das vinícolas brasileiras
ganharam novo impulso. Passou a ser necessário repor os estoques, consumidos
nos primeiros meses do ano e garantir prateleiras abastecidas para as compras de
inverno, quando cresce a demanda, principalmente para os vinhos tintos.
O resultado é que a soma da importação com a comercialização dos rótulos
brasileiros totaliza 200 milhões de litros de vinhos neste primeiro semestre de 2020,
um aumento de 27,8% em relação a comercialização do mesmo período em 2019.
Apenas em junho, foram comercializados 60 milhões de litros de vinho. No ano
passado, outubro foi o mês com maior volume (aqui somado a importação com a
venda das vinícolas), com um total de 47,7 milhões de litros.
O consumo per capita é ainda maior quando analisado apenas os dados do segundo
trimestre de 2020. De abril a junho, ele foi de 2,81 litros por habitante maior de 18
anos, um aumento de 39% se comparado com igual período de 2019. Ou, se
analisado apenas o consumo na quarentena, o aumento do consumo per capita foi
de 72%, na comparação com o primeiro trimestre do ano.
É o vinho de mesa brasileiro, aquele elaborado com variedades de uvas não
viníferas, quem está liderando este crescimento. Na comparação do primeiro
semestre de 2020 com igual período de 2019, o aumento do volume comercializado
foi de 39%, chegando a 45 milhões de litros. A alta mais expressiva,
proporcionalmente, foi dos vinhos finos brasileiros, de 50%. Os vinhos importados
aumentaram 8%, chegando a 10 milhões de litros.
Com este aumento, os vinhos de mesa brasileiros atualmente representam 68% do
mercado total de vinhos no país (eram 64% no primeiro semestre de 2019); os
importados passaram de 32%, nos primeiros seis meses de 2019, para 27%, neste
semestre, e os vinhos finos nacionais, subiram de 4% para 5%.
Quando se compara apenas os vinhos finos, os importados agora representam 84%,
contra 88% do primeiro semestre de 2019; e os rótulos brasileiros somam 16%
(eram 12%).
Nesta trajetória de crescimento, apenas os espumantes registram queda no
consumo per capita neste primeiro semestre na comparação com janeiro a junho de
2019. Com o equivalente a 0,143 litro per capita, o consumo das borbulhas teve uma
redução de 2%, aqui incluído os rótulos nacionais e os importados. A explicação é direta: esta categoria ainda é muito associada às festas e comemorações, que
sofreram forte impacto nesta pandemia.
O aumento deste interesse pelos vinhos levanta várias questões, que serão
respondidas ao longo dos próximos meses. A mais relevante delas é se este
consumo se sustentará quando uma vacina for eficaz no combate ao coronavírus.
Mas só o tempo responderá (Prowine, 2020).
Tipo de barreira Requisitos e certificações técnicas de vinhos
Instrução Normativa RFB 1432 de 26/12/2013 alterando a instrução normativa 504
de 03/02/2005 e 1.026 de 16/04/2010, introduziram a obrigatoriedade de colocação
de selos fiscais nas coleiras de garrafas de vinho importadas. Embora importadores
e varejistas estejam indo à Justiça e sentenças tenham sido emitidas em todos os
sentidos (em termos do lugar físico onde os selos devem ser colocados nas garrafas
e em termos de o prazo para que os vinhos expostos à venda sejam totalmente
lacrados), o importador incorreu em uma despesa adicional, a de afixar o selo nas
instalações portuárias, e o varejista teve que vender todo o seu estoque antes de
1.1.12, a data de vigência da exigência. Essa medida foi justificada pela
necessidade de combater o contrabando. O artigo 14 da Instrução Normativa 1432
de 2013 (alterada por 1583 de 2015) estabelece no Anexo I os produtos sujeitos ao
selo fiscal. No Anexo I os vinhos não estão incluídos. Impacto Embora a colocação
dos selos fiscais fosse de responsabilidade do importador, isso implicou em um
custo adicionado à mercadoria.
Avaliação. Ações e perspectivas Com a não exigência de selo fiscal para vinhos, o
Brasil dá continuidade à prática generalizada neste assunto. (Ministério de Industria
Comercio y Turismo, 2019).
Singapura
Singapura consumiu, em 2014, 1,25 Milhões de Hectolitros e 1 348 Milhões de
Euros em bebidas alcoólicas. Em comparação, Portugal consumiu, no mesmo ano,
9,15 Milhões de Hectolitros e 7 600 Milhões de Euros em bebidas alcoólicas.
O consumo de bebidas alcoólicas per capita em Singapura, no ano de 2014, é de
25,7 Litros - 21,5 L cerveja; 2,76 L vinho; 2,63 L bebidas espirituosas. Estima-se um
crescimento relevante, em 2019, do consumo per capita com um aumento previsto
do Vinho na ordem dos 33%, em relação a 2014, e da Cerveja em cerca de 35%.
O mercado do Vinho em Singapura apresenta 8% de quota de mercado em Volume
e 19% em Valor. A Cerveja apresenta a maior quota de mercado com 84% em
Volume e 56% em Valor. As Bebidas Espirituosas representam 8% do mercado em
Volume e 25% em Valor.
Em 2014, o mercado do Vinho em Singapura foi de 10 Milhões de Litros e 251
Milhões de Euros. Estima-se que em Valor e em Volume o mercado cresça
consideravelmente nos próximos anos. As taxas elevadas aplicadas em Singapura
aos vinhos e outras bebidas alcoólicas faz deste país um dos países mais caros do
mundo para comprar este tipo de produtos.
Estima-se um aumento do mercado do vinho em Volume, até 2019, de 20%.
Estima-se, também, uma taxa de crescimento, em Volume (entre 2014 e 2019) de: 20%
Vinho Tranquilo 24% Champanhe 0% Vinho Fortificado 0% Espumante Estima-se
um aumento do mercado do vinho em Valor, até 2019, cerca de 29%. Estima-se,
também, uma taxa de crescimento, em Valor (entre 2014 e 2019) de: 31% Vinho
Tranquilo 26% Champanhe -1% Vinho Fortificado -9% Espumante Em Singapura o
vinho tinto é o mais consumido e corresponde no mercado a 83% do valor de todo o
Vinho Tranquilo. O vinho branco corresponde a 12% e o Rosé 5%. Os valores
apresentados são de 2014.
Os canais On-Trade representam 53% do volume comercializado. A comercialização
de vinho em Supermercados/ Hipermercados aparece em 3º lugar (22%) depois dos
Retalhistas Especializados (24%).
Existem, em Singapura, mais consumidores de vinho homens (57%) que mulheres
(43%). Grande parte dos consumidores de vinho têm mais de 35 anos (75%).
Singapura é um país de tradições mas, pela sua localização estratégica tem
acolhido culturas diferentes, adoptando muitos hábitos de consumo ocidentais, que
incluem o consumo de vinho. Em Singapura o vinho tinto é bastante apreciado pelo
seu sabor robusto, mas começa a surgir bastante interesse (principalmente por parte
de mulheres) pelos vinhos brancos e pelo Cham- panhe. Há, também, bastantes
consumidores de vinhos premium.
As importações de vinho em Singapura atingiram, em 2014, 32,89 Milhões de Litros
e 473 Milhões de Euros. Em Volume, a França, Austrália e Estados Unidos da
América são os maiores fornecedo- res de Singapura representando 72% das
importações totais. Em Valor, encontram-se, também, a França, a Austrália e em 3º
lugar encontra-se a Itália. As primeiras 3 posições, em Valor, representam 85% das
importações de vinho para Singapura. Em 2014, Portugal ocupou em Volume o 11º
lugar (com 168 Mil Litros) do “ranking” dos maiores exportadores para Singapura e o
14º em Valor (com cerca de 1,4 Milhões de Euros). Os valores indicados são de
importação. VISÃO GERAL MERCADO BEBIDAS ALCOÓLICAS Fonte:
COMTRADE RANKING EXPORTADORES (VOLUME, MIL LITROS) RANKING
EXPORTADORES (VALOR, MILHÕES EUROS) Singapura registou, entre 2011 e
2014, um aumento de importações em Volume de cerca de 23% e em Valor cerca
de 38%.
Tipo de barreira impostos especiais a importação vinhos, licores e outras
bebidas alcoolicas.
Singapura é um país econômica e comercialmente aberto, mas altamente
centralizado politicamente, que visa expandir seus acordos comerciais com terceiros
países. Em novembro de 2019, o novo Acordo de Comércio Livre UE-Singapura que, no que diz respeito aos exportadores europeus relaxa algumas restrições
comerciais não tarifárias e reduz as tarifas de alguns itens tarifários que ainda
sofreram quando vieram da UE, basicamente produtos cervejeiros.
Além da cerveja, há outra série de produtos em Cingapura que sofrem tributos
específicos sobre sua produção ou importação, seja em todos os casos por motivos
de arrecadação de impostos ou para gerar desincentivo ao consumo.
Com relação ao vinho e outros álcoois, o imposto de produção e importação passa a
ser em termos práticos em uma espécie de tarifa já que não há produção nacional.
No caso particular para o vinho é uma tarifa específica (imposto especial de
consumo) que desde fevereiro de 2014 foi aumentada até SGD 88 (€ 60) por litro de
álcool, com mitigantes que dependem exclusivamente do graduação alcoólica
contida no vinho, sempre acima do seu valor CIF.
Assim, para calcular o imposto total a ser pago, a seguinte fórmula seria aplicada:
Imposto a pagar = quantidade total (litros) x imposto específico x graduação
alcoólica
O imposto em SGD para uma garrafa de 75 cl. Seria o seguinte:
Custo do imposto especial sobre o vinho de acordo com o teor de álcool (SGD)
Graduação
Ao valor resultante deve ser adicionado o Imposto Geral sobre Vendas (GST),
equivalente ao IVA Espanhol, que atualmente é de 7%.
Graças ao acordo de livre comércio, a tarifa da cerveja foi eliminada (não os
impostos especial para ele). Em 1º de janeiro de 2020, as tarifas de cerveja que
eram SGD 16 por litro de álcool foram removidos. Isso significou uma redução de
custo aproximada de 0,2 SGD (€ 0,15) por garrafa de 25 cl de cerveja.
Impacto
A nulidade da produção de vinho e a metodologia de aplicação do imposto fazem
com que seja um imposto para a importação e que acaba sendo repassado para o
cliente, além das amplas margens da rede distribuição em Singapura. Esse tipo de
imposto prejudica vinhos que têm menor valor CIF, comparados aos de maior valor e
/ ou menor graduação.
Os vinhos espanhóis estão fazendo um importante trabalho promocional em
Cingapura, o que levou a aumentos nas suas exportações acima de 4 milhões de
euros (e uma duplicação da números em apenas 6 anos). Certamente a tributação
existente em Cingapura não ajuda a aumentar penetração do vinho no país através
da conversão de um imposto a priori não discriminatório em um imposto que incide
apenas na importação, uma vez que não há produção local, em um contexto em que
não há tarifas em vigor para a UE.
Avaliação. Ações e perspectivas
A Espanha tem 1 milhão de hectares de vinhas e 70 denominações de origem, com
uma cultura do vinho que está a penetrar com força nos mercados internacionais, e
também aos poucos na Cingapura. A cidade-estado possui 5,5 milhões de
habitantes, dos quais 1,5 milhão são 4 milhões de expatriados são locais de origem
chinesa, indiana, malaia e eurasiana. Uma redução de os impostos especiais sobre
o álcool significariam uma redução no preço final ao consumidor que poderia gerar
aumento nas vendas de um produto mais equilibrado em sua relação qualidadepreço assim como o espanhol (Ministério de Industria Comercio y Turismo, 2020).
4. A partir do estudo realizado, detalhe as vantagens e os inconvenientes que
possui cada um dos países na hora de comercializar o produto;
5. Qual desses países você escolheria para iniciar a aventura ao comércio
exterior? Explique sua resposta.
O Vinho ainda continua sendo um produto com grande apreciação em torno do
mundo, alguns países consomem mais e outros estão aprendendo a conhecer e
descobrir novos paladares para o uso da bebida.
Os países europeus com sua vasta história e uso da bebida vêm procurando habitar
em outros mercados a cultura vivenciada há séculos por eles, mas que nos últimos
anos vem diminuindo devida uma população mais velha.
Embora as facilidades comerciais dentro da zona do euro seja um ponto a favor da
atuação da empresa no mercado europeu, os diretores da organização optaram por
aventurar no comércio exterior e consequentemente alcançar mercados que estão
se desenvolvendo e ampliando o uso da cultura do vinho.
Ao basear nos estudos a diretoria da Senderos optou a investir no comércio
brasileiro, pois o mesmo tem grande potencial de crescimento no seguimento, pois
possui uma população jovem e que vem crescendo nos últimos anos o aumento do
uso da bebida em diversas partes do país.
A empresa analisou o aumento do consumo per capita dos dados do segundo
trimestre de 2020 no período de quarentena e constatou que houve um aumento de
72% na comparação com o primeiro trimestre, deixando a organização bastante
animada com as projeções futuras.
Embora a empresa possa enfrentar a concorrência com o próprio mercado brasileiro
e outros mercados como o Chile, Argentina, a empresa aposta na preferencia já
existente no país pelos vinhos espanhóis e pelos subsídios governamentais para a
promoção das exportações.
Bibliografia
Comércio – ENEB
Impuestos Especialies Al Consumo de Vino y Otros Alcoholes para Singapura.
Barreras al Comercio. Secretaria de Estado de Comércio. Ministerio de Industria,
Comercio y Turismo – 31/07/2020.
Pimentel, M.A. Marketing. ENEB - Escola de Negócios Empresarial de Barcelona
05/01/2021.
Resuelta – Exigencia de Sellos Fiscales en Vinos para o Brasil. Barreras al
Comercio. Secretaria de Estado de Comércio. Ministerio de Industria, Comercio y
Turismo - 14/06/2019.
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